Policial acusado de lucrar com transporte irregular de passageiros no DF continuará preso

Data:

Policial fazia parte de uma organização criminosa.

policial
Créditos: Tui Photoengineer | iStock

O presidente do STJ indeferiu o pedido de liberdade realizado pela defesa de um policial militar acusado lucrar com transporte irregular de passageiros no Distrito Federal. Ele participava de uma organização criminosa com outros policiais do 20º BPM que atuavam na fiscalização de trânsito nas regiões do Paranoá e Itapoã.

No habeas corpus, a defesa alega constrangimento ilegal na manutenção da prisão preventiva diante do prazo longo para concluir o processo. Afirma também que não foram considerados os bons antecedentes e a residência fixa, que justificariam o relaxamento da medida.

O ministro João Otávio de Noronha entendeu, porém, que não se observa a desídia do Poder Judiciário, já que “a contagem dos prazos no processo penal, a despeito de ser direito de todo cidadão ver entregue a prestação jurisdicional dentro do prazo legal, não se encerra em um mero cálculo aritmético, sendo pautada, sempre, em uma razoabilidade diante das circunstâncias e peculiaridades de cada caso”.

Para o presidente do STJ, o constrangimento ilegal por excesso de prazo ocorreria somente se ocorresse inércia do juízo competente diante da possibilidade de dar andamento célere ao processo.

Ele também destacou que há fundamentos idôneos que justifiquem a prisão preventiva do policial, que foram apontados pelo TJDF ao mantê-la, dando especial destaque à gravidade concreta do delito, à forma como a organização atuava e sua formação por policiais.

Por fim, entendeu que a fundamentação adotada pelo tribunal ao indeferir pedido anterior de habeas corpus coincide com o entendimento do STF. (Com informações do Superior Tribunal de Justiça.)

Processo: HC 487127

Juristas
Juristashttp://juristas.com.br
O Portal Juristas nasceu com o objetivo de integrar uma comunidade jurídica onde os internautas possam compartilhar suas informações, ideias e delegar cada vez mais seu aprendizado em nosso Portal.

Deixe um comentário

Compartilhe

Inscreva-se

Últimas

Recentes
Veja Mais

Empresa condenada por uso indevido de marca registrada

A 1ª Câmara Reservada de Direito Empresarial do Tribunal de Justiça de São Paulo determinou que uma empresa cessasse a venda de roupas que utilizavam indevidamente uma marca registrada por outra empresa do mesmo segmento.

Modelo de contrato de prestação de serviços de Personal Trainer para Triatetlas

O presente contrato tem por objeto a prestação de serviços de personal trainer especializado em treinamento para triatletas, com o objetivo de melhorar o desempenho do Contratante nas modalidades de natação, ciclismo e corrida.

Empresa de fotos e vídeos condenada por falha em filmagem de casamento

A 13ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) confirmou a decisão da Comarca de Lavras que responsabilizou uma empresa de fotografia e vídeo a pagar R$ 10 mil por danos morais e R$ 1,4 mil por danos materiais a uma noiva, devido a falhas na filmagem de seu casamento.

Homem trans será indenizado por não ter nome social reconhecido em registro bancário

A 18ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) alterou uma decisão inicial e determinou que um banco indenize um homem trans em R$ 10 mil por danos morais devido ao não reconhecimento do seu nome social nos registros bancários.