TÜV SÜD não mais realizará certificação de barragens após tragédia em Brumadinho

Data:

TÜV SÜD não mais realizará certificação de barragens após tragédia em Brumadinho | Juristas
Créditos: Reprodução

Alex Stepken, presidente-executivo da empresa alemã TÜV SÜD, que também realiza certificações sobre a segurança de barragens, afirmou que deixará essa atividade após o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho. 

A empresa garantiu a segurança da estrutura 4 meses antes do rompimento em relatório de setembro de 2018, em que alertava contra a operação de equipamentos pesados sobre a estrutura, uma vez que ela havia sido levantada de uma altura original de 18 metros para 86 metros. 

De acordo com Alex, “até agora ninguém sabe a causa do acidente. E não sabemos em particular o que aconteceu entre setembro de 2018 e janeiro de 2019 – se, por exemplo, equipamentos pesados estavam sendo operados nas proximidades ou se houve detonações”. Ele ainda disse que a Vale é a operadora responsável pela segurança e que não buscou indenização da TÜV SÜD. 

tragédia em brumadinho-mg
Créditos: Samuel Chahoud | iStock

Em junho, após depoimentos de funcionários à CPI da Assembleia Legislativa de Minas Gerais sobre a realização de explosões, a Vale informou que realizou duas detonações na região da barragem após o rompimento, porque já estavam programadas. 

Um comitê do Senado pediu a indiciação por homicídio com dolo eventual do diretor financeiro e do ex-diretor presidente da Vale, de outros executivos, da TÜV SÜD e da Vale. 

Em relatório anual, a TÜV SÜD estimou um gasto de 75 milhões de euros com custos legais e outros relacionados ao desastre. Stepken disse que, apesar da tragédia em Brumadinho, não houve prejuízo na entrada de novos pedidos, e as receitas de outros negócios permaneceu no mesmo nível do ano anterior.

(Com informações do Uol)

Juristas
Juristashttp://juristas.com.br
O Portal Juristas nasceu com o objetivo de integrar uma comunidade jurídica onde os internautas possam compartilhar suas informações, ideias e delegar cada vez mais seu aprendizado em nosso Portal.

Deixe um comentário

Compartilhe

Inscreva-se

Últimas

Recentes
Veja Mais

Presença de advogado em audiência sem procuração não gera responsabilidade civil, decide TJSC

A 3ª Câmara de Direito Civil do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) decidiu manter a sentença de primeiro grau que negou pedido de indenização por danos morais relacionados à perda de prazo processual. O caso envolveu um advogado que compareceu a uma audiência inicial no Juizado Especial Cível sem ter uma procuração formalizada.

Homem é condenado a quase 10 anos de prisão por violência doméstica

Em decisão da 2ª Vara Criminal de Lages, especializada em crimes de violência doméstica, um homem foi condenado a nove anos e oito meses em regime semiaberto e 17 dias de prisão simples por uma série de ofensas à sua ex-companheira, após não aceitar o fim do relacionamento. Além da pena de reclusão, o juízo determinou o pagamento de R$ 170 mil em danos morais e materiais à vítima.

TJSC avalia validade de contrato verbal de R$ 10 milhões para pesquisa histórica

Um acordo verbal, avaliado em R$ 10 milhões, para a realização de uma pesquisa e publicação de um livro sobre a história de propriedade de um terreno na Serra Catarinense, foi o centro de uma disputa judicial. O contrato, supostamente estabelecido entre um historiador e a empresa proprietária do terreno, foi discutido na 1ª Câmara Civil do Tribunal de Justiça de Santa Catarina.

Estado é responsabilizado por troca de bebês em hospital gerido por entidade filantrópica

Em decisão recente, a 2ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) determinou que o Estado deve ser responsabilizado civilmente pela troca de bebês recém-nascidos ocorrida em um hospital, mesmo que este tenha sido administrado por uma entidade filantrópica privada.