A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu 12 pessoas, dentre elas 5 advogados, por integrarem uma organização criminosa que atuava para fraudar plano de saúde. Eles responderão por estelionato, fraude processual, falsificação de documentos e organização criminosa.
De acordo com o inquérito policial instaurado em 2017, o grupo falsificava documentos para conseguir liminares na justiça de São Paulo que determinassem o reembolso pela Amil pela compra de medicamentos importados de alto custo para tratamento de hepatite C.
Após sindicâncias, a Amil constatou a fraude, que se baseava em laudos médicos falsos. Os advogados das ações apresentavam notas fiscais fornecidas por um empresa importadora de fachada. O local local de residência dos beneficiários também era falso.
A Amil identificou 17 liminares condenando o plano de saúde para esse medicamento, mas 12 delas foram derrubadas após a contestação apontando as fraudes.
A atuação dos profissionais foi questionada pela Justiça algumas vezes, e foi determinado o encaminhamento de ofício ao Ministério Público para apurar os crimes (estelionato e documento falso) e à OAB de Minas Gerais.
Além das prisões, a PC-MG cumpriu mandados de busca e apreensão nas clínicas médicas e nos escritórios de advocacia. (Com informações do Consultor Jurídico.)