Caso de Elize Matsunaga: Soberania do Tribunal do Júri é reconhecida pelo TJ-SP

Data:

A pena de Elize Matsunaga (19 anos e 11 meses de prisão) pelo assassinato do marido foi mantida pelo TJ-SP após analisar o pedido do MP-SP acerca da omissão do Tribunal do Júri no reconhecimento de duas qualificadoras do crime (motivo torpe e meio cruel).

O TJ entendeu que o Tribunal do Júri não proferiu sentença manifestamente contrária aos autos por se basear em laudos periciais conflitantes, apresentados por ambas as partes. Para o MP, o Júri reconheceu o homicídio qualificado sem as qualificadoras, considerando que a ré tentou esquartejar o corpo da vítima em vida.

A soberania do Tribunal do Júri foi reconhecida pelo colegiado ao entender que as dúvidas levantadas no caso não foram sanadas com os laudos conflitantes. Assim, o MP não demonstrou que o corpo do marido de Elize foi segmentado enquanto ainda vivia, motivo pelo qual a dúvida permanece, devendo prevalecer a decisão dos jurados.

A defesa de Elize ainda tentou reduzir sua pena, o que foi negado. Deve, assim, recorrer ao Superior Tribunal de Justiça com base na Súmula 545: “quando a confissão for utilizada para a formação do convencimento do julgador, o réu fará jus à atenuante”.

 

0003475-85.8.26.0052

Fonte: Conjur

Juristas
Juristashttp://juristas.com.br
O Portal Juristas nasceu com o objetivo de integrar uma comunidade jurídica onde os internautas possam compartilhar suas informações, ideias e delegar cada vez mais seu aprendizado em nosso Portal.

Deixe um comentário

Compartilhe

Inscreva-se

Últimas

Recentes
Veja Mais

Modelo de contrato de prestação de serviços de Personal Trainer para Triatetlas

O presente contrato tem por objeto a prestação de serviços de personal trainer especializado em treinamento para triatletas, com o objetivo de melhorar o desempenho do Contratante nas modalidades de natação, ciclismo e corrida.

Empresa de fotos e vídeos condenada por falha em filmagem de casamento

A 13ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) confirmou a decisão da Comarca de Lavras que responsabilizou uma empresa de fotografia e vídeo a pagar R$ 10 mil por danos morais e R$ 1,4 mil por danos materiais a uma noiva, devido a falhas na filmagem de seu casamento.

Homem trans será indenizado por não ter nome social reconhecido em registro bancário

A 18ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) alterou uma decisão inicial e determinou que um banco indenize um homem trans em R$ 10 mil por danos morais devido ao não reconhecimento do seu nome social nos registros bancários.

Justiça condena hospital, plano de saúde e médico a indenizar paciente por erro em cirurgia

A 14ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) confirmou uma decisão da Comarca de Belo Horizonte que responsabiliza um hospital, um médico anestesista e um plano de saúde pelo pagamento de indenizações à uma paciente, totalizando R$ 200 mil, divididos igualmente entre danos morais e estéticos.