O presidente Lula (PT) tomou a decisão de indicar o atual ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), e Paulo Gonet para o cargo de Procurador-Geral da República (PGR). O anúncio oficial deve ocorrer nesta segunda-feira (27), antes da viagem de Lula à Arábia Saudita.
A escolha dos nomes foi confirmada por Lula a seus aliados no domingo (26), após uma demora incomum na indicação, deixando os cargos vagos por mais de 50 dias. A expectativa da equipe presidencial é que os nomes sejam aprovados pelo Senado antes do recesso parlamentar, que inicia em 23 de dezembro.
Flávio Dino, favorito para a vaga desde outubro, quando Rosa Weber se aposentou do STF, é visto como uma escolha estratégica para promover embates políticos na corte. Com uma carreira que inclui ser juiz federal, secretário-geral do CNJ, presidente da Associação dos Juízes Federais e assessor da presidência do STF, Dino é considerado apto a ser um magistrado influente.
No caso de Paulo Gonet, que deve ocupar o cargo de Procurador-Geral, Lula teve reuniões prévias e, apesar de considerar inicialmente o subprocurador Antonio Bigonha como principal favorito, a decisão final recaiu sobre Gonet. A chefia da PGR está interinamente ocupada pela subprocuradora-geral Elizeta Ramos desde setembro.
Gonet, apoiado pelos ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes do STF, tem 62 anos e ingressou no Ministério Público Federal em 1987. As sabatinas e votações para essas indicações devem ocorrer nas próximas quatro semanas no Senado, movimentando a agenda legislativa antes do recesso parlamentar.
Além das indicações para o STF e PGR, o Senado também precisa aprovar as indicações de Lula para o Banco Central, o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e a Defensoria Pública da União. Integrantes do governo indicam que há um acordo com a cúpula da CCJ e do Senado para concluir essas votações até o final do ano.
Com informações da Folha Press.
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