Publicar foto sem autorização caracteriza dano moral e justifica indenização

Data:

Empresa pagará R$ 5 mil a fotógrafo porque usou fotos em anúncios sem permissão

fotógrafo
Créditos: mrgao | iStock

Publicar foto sem autorização do fotógrafo caracteriza dano moral e justifica indenização. O entendimento unânime é da Terceira Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba (TJPB).

A corte condenou uma empresa a pagar R$ 5 mil ao fotógrafo José Pereira Marques Filho porque usou as fotos do profissional em anúncios publicitários publicados em um jornal de grande circulação.

A empresa foi condenada em primeiro grau, mas recorreu. Argumentou que as fotos teriam sido compartilhadas várias vezes na internet, o que as tornavam domínio público. No recurso ainda pediu, alternativamente, que o valor da indenização fosse reduzido.

O advogado Wilson Furtado Roberto defendeu que o fotógrafo cobra um valor médio de R$ 1.500,00 para utilização de suas fotografias. Disse ainda que o hotel utilizou as imagens para promover a venda de pacotes turísticos sem a autorização do profissional.

O relator do caso, desembargador Saulo Henriques de Sá e Benevides, disse que a Lei de Direitos Autorais (9.610/98), trata a fotografia como obra intelectual protegida e que seu uso sem os créditos ou autorização do autor constitui violação do direito autoral. Além disso, afirmou que o fato da imagem ter sido compartilhada várias vezes não a torna domínio público, já que outros sites fizeram o uso e creditaram o fotógrafo.

O desembargador manteve a sentença e considerou adequado o valor determinado para a indenização.

Processo nº: 0008871-17.2015.815.2001

Leia aqui a decisão.

Hysa Conrado
Hysa Conrado
É jornalista, formada pela Universidade São Judas. Tem experiência na cobertura do Poder Judiciário, com foco nas cortes estaduais e superiores. Trabalhou anteriormente no SBT e no portal Justificando/Carta Capital.

Deixe um comentário

Compartilhe

Inscreva-se

Últimas

Recentes
Veja Mais

Paraíba ganhará este ano Câmara de Mediação e Arbitragem

A Paraíba está prestes a dar uma valorosa contribuição...

Construção irregular em área de preservação permanente deve ser demolida e vegetação recuperada

Construções em áreas de preservação permanente (APP) que envolvam a remoção de vegetação só podem ser autorizadas em casos excepcionais, como em situações de utilidade pública, interesse social ou baixo impacto ambiental. Em casos de degradação, é necessário que a área seja restaurada ao máximo, inclusive com a demolição de edificações existentes e recuperação da vegetação nativa.