Justiça condena dois homens por envio de pílulas de ecstasy pelos Correios

Data:

Comprimidos de Ecstasy
Imagem meramente ilustrativa – Créditos: portokalis / iStock

A 4ª Vara Criminal de Rio Branco condenou dois homens por tráfico e associação para o tráfico, pelo envio de pílulas de ecstasy pelos Correios. Cada um deve cumprir 10 anos, 4 meses e 15 dias de reclusão, em regime inicial fechado, bem como pagar 1000 dias-multa.

Os crimes ocorreram em dezembro de 2020. Os réus tentaram enviar 1.130 comprimidos, ou seja, 411 gramas de ecstasy pelos Correios, por meio da agência localizada no bairro Bosque. Os envelopes retornaram à unidade, com a informação de que o endereço estava errado, assim, somente o remetente com o recibo de envio poderia retirá-lo. Por conseguinte, a guarnição policial foi avisada quando eles compareceram possibilitando a prisão em flagrante.

Justiça condena dois homens por envio de pílulas de ecstasy pelos Correios | Juristas
Créditos: ShutterDivision / Shutterstock.com

Além da Polícia Civil, a Polícia Federal também atuou nessa ocorrência. Em audiência, o delegado Osmar Guerra destacou que essa operação ocorreu a partir do alinhamento entre as forças policiais com a colaboração da equipe dos Correios, possibilitando dezenas de apreensões de correspondências com drogas, como neste caso.

Um dos réus confessou ter sido chamado para enviar e buscar os envelopes, sendo pago com maconha. O outro já havia sido preso e condenado anteriormente por tráfico, no entanto afirmou que era Uber e estava apenas transportando o passageiro e não o conhecia, nem mantinha contato com ele.

falta de segurança - correios
Créditos: Kzenon | iStock

No entanto, quando houve a quebra do sigilo telefônico do primeiro réu foi verificado que eles conversavam frequentemente por mensagens, havia inclusive cobranças quanto ao cumprimento de horário e dedicação às ordens. Portanto, o juiz Cloves Augusto verificou o dolo dos réus em praticarem os atos ilícitos.

As drogas tinham destino para fora do estado: “eles engendraram um esquema dinâmico que transformava uma estrutura pública de transporte de cargas e encomendas em uma prestadora de serviço do tráfico”, assinalou o magistrado.

Processo n° 0007752-21.2020.8.01.0001

Com informações do Tribunal de Justiça do AcreTJAC.


Fique por dentro de tudo que acontece no mundo jurídico no Portal Juristas, siga nas redes sociais: FacebookTwitterInstagram e Linkedin. Participe de nossos grupos no Telegram e WhatsApp. Adquira sua certificação digital e-CPF e e-CNPJ na com a Juristas Certificação Digital, entre em contato conosco por e-mail ou pelo WhatsApp (83) 9 93826000

 

Ricardo Krusty
Ricardo Krusty
Comunicador social com formação em jornalismo e radialismo, pós-graduado em cinema pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Deixe um comentário

Compartilhe

Inscreva-se

Últimas

Recentes
Veja Mais

TJSP mantém condenação de mulher que tentou ingressar com celular em presídio

A 10ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) manteve a condenação de uma mulher que tentou entrar com um celular escondido em um estabelecimento prisional para entregá-lo ao companheiro. A decisão foi proferida pela Comarca de Junqueirópolis.

Agências de turismo e hotel são condenados a indenizar mãe por morte de filho em afogamento

A 26ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) manteve a condenação de agências de turismo e de um hotel ao pagamento de indenização a uma mulher pela morte de seu filho, vítima de afogamento na piscina do estabelecimento. A decisão foi proferida pela 9ª Vara Cível de Santo André.

Escola é condenada a indenizar pais de aluna por erro em matrícula

A 35ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) manteve a condenação de uma instituição de ensino por falha na prestação de serviços educacionais, que resultou em prejuízos materiais e morais aos pais de uma aluna. A decisão foi proferida pela 1ª Vara Cível de São Bernardo do Campo e fixou a indenização em R$ 5 mil a título de danos morais, além da restituição dos valores pagos à escola.

Ex-caixa de banco é condenada por furto, furto qualificado e estelionato em SP

A 15ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) manteve a condenação de uma ex-caixa de agência bancária pelos crimes de furto, furto qualificado e estelionato. A sentença, proferida pela 1ª Vara Criminal de São Bernardo, fixou a pena em cinco anos de reclusão, em regime inicial semiaberto.